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Ouçam Kasparov

Willame Leal no grupo público DAGOBAH do Facebook, escreveu, em 09 de maio de 2017, o seguinte:
 
Na mais recente entrevista que Garry Kasparov deu ao Jorge Pontual, uma passagem em especial merece destaque, quando o repórter pergunta ao enxadrista como a população russa, que ansiava por sair de um regime autoritário, pôde cair novamente na armadilha de uma ditadura.
 
Eis que Kasparov responde que Boris Yeltsin deveria ter exposto todos os crimes da KGB: torturas, assassinatos, desvios de dinheiro, intimidações, perseguições e etc… mas não fez. Contemporizou (ele adiciona que Yeltsin também não tinha força política para tanto), o que permitiu que os ex-agentes da KGB se organizassem. Em 2000, toma posse um dos seus ex-agentes.
 
O resto da história já conhecemos.
 
Ainda podemos cair em caminhos semelhantes. Ainda estamos contemporizando demais.
 
É claro que há isomorfismos aqui, não entre os atores (Yeltsin e Temer), por certo, nem entre a Rússia e o Brasil atuais – e sim entre os momentos do início de uma transição, aquele referido por Willame no texto acima e o do que sucedeu imediatamente o impeachment de Dilma Rousseff.
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Este assunto já foi tratado no artigo Consequências trágicas de uma transição incompleta.
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Assistam o vídeo do programa Milênio, da Globo News:
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Mais uma vez usando a democracia contra a democracia

Um artigo contra a democracia