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Os militantes do PT estão destruídos

É fascinante estudar o efeito psicológico da corrupção dos dirigentes do PT na mente dos militantes petistas, sobretudo na mente daquele tipo de militante que ainda põe Che Guevara como foto de capa no Facebook, não raro ao lado de um cartaz “Fora Temer”.

Eles se envergonham – sim, se envergonham secretamente – e para suportar a própria vergonha dizem que os grandes corruptos são Cunha e Temer. Quando mostramos que os chefes do partido (Lula réu e Dirceu preso por vários crimes) são corruptos, eles alegam que somos nós que temos corruptos de estimação: o Cunha e o Temer. Quando apontamos a evidência de que todos os presidentes e tesoureiros do PT ou já foram condenados e presos ou são réus a um passo da cadeia e argumentamos que isso é demais para ser coincidência, eles retrucam que Cunha e Temer estão soltos porque foram justamente eles que arquitetaram um golpe contra uma “presidenta inocenta” legitimamente eleita por não sei quantos milhões de votos. Assim esperam apaziguar sua consciência e exorcizar seus demônios.

Chegando a esse ponto de auto-engano e de falsificação da realidade o militante petista fica diante de uma bifurcação: ou renega tudo em que acreditou (e se suicida como militante) ou avança ainda mais para o duplipensar e para o jihadismo. No segundo caso, não se pode mais conversar com ele. Seria o mesmo que tentar convencer com argumentos racionais um fiel do Hamas, do Taliban ou do partido orwelliano do romance 1984:

” – Parem com isso – gritam – vocês não veem que o culpado por tudo é o Eduardo Emmanuel Goldstein da… Cunha“.

De todo modo, os militantes do PT, não conseguindo resolver essa tensão interna decorrente do fato de saberem e não poderem admitir que seus líderes fizeram o contrário do que acreditavam e propalavam, estão destruídos psicológica e, pior, eticamente. Não passam, hoje, de uma legião de zumbis.

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