A ação sórdida de professores marxistas contra a presença do “golpista” Fernando Henrique em evento da Associação de Estudos Latino-Americanos (LASA) em Nova York é sintoma de que as universidades viraram verdadeiras madrassas.
Por trás de tudo está o PT. O PT está levando as pessoas a uma sectarização política jamais vista na história brasileira. Inconformado com o processo constitucional que afastou Dilma temporariamente da presidência, o partido está se transformando mesmo numa espécie de Irmandade Muçulmana.
Há, sim, perigo à vista. Essas coisas sabemos como começam, mas nunca como acabam. Na Bósnia pessoas acabaram abatendo a tiros seus ex-amigos nas ruas. Ficavam de tocaia, só esperando seus vizinhos, velhos conhecidos, saírem às ruas para alvejá-los.
Mesmo que não se chegue a esse ponto, o campo social está sendo totalmente deformado pela ideia delinquente de luta, luta, luta… luta contra o imperialismo norteamericano (supostamente envolvido no “golpe” contra o PT, segundo a narrativa das agências de notícias da FSB de Putin, do castrismo e do bolivarianismo), luta contra os conservadores, luta contra os coxinhas, luta contra o “golpista” Moro (que não passaria de um “tucano disfarçado”), luta… Uma insanidade!
Amizades estão sendo desfeitas diariamente, membros de uma mesma família estão rompendo relações, eventos lamentáveis (como um estupro recente) estão sendo instrumentalizados para tentar dizer que a culpa, no fundo, é dos golpistas (a mulher violentada foi comparada à Dilma, a inocente injustiçada). A rede suja de blogs e sites financiados com dinheiro público – e alguns com dinheiro do crime, como o Brasil 247 – está agitando palavras de ordem de intolerância, exclusão e segregação de quem não pensa como o PT e a esquerda.
Como os petistas imaginam que isso irá parar? Com a volta do PT ao governo, contra a vontade de 80% da população? Como o partido propõe governar com apenas 130 votos na Câmara dos Deputados? Como avalia que seus militantes e manifestantes de aluguel, acarreados para protestos a favor (chapa-branca) que nunca ultrapassaram seis dígitos, vão se equiparar aos milhões que foram às ruas em 15 de março, em 12 de abril, em 16 de agosto de 2015 e em 13 de março de 2016?
Não há chance. Mas o PT não aceita ter uma presidente afastada por crime de responsabilidade e seu líder máximo condenado à prisão por crimes comuns. Então continua investindo no não reconhecimento, na deslegitimação, no boicote e na sabotagem ao novo governo de transição. Investe no caos e no confronto para tentar reverter a situação difícil em que se encontra, obra única e exclusiva dos seus atos na última década (quando nem oposição havia no país). E parte para um tipo de guerra civil fria, de consequências imprevisíveis.
Atenção, irresponsáveis! Quando as coisas começam a tomar esse rumo fica difícil voltar.
Deixe seu comentário