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PERSPECTIVAS NO CURTO PRAZO
1 – Não há espaço para uma esquerda democrática (tipo Boric ou Frente Ampla uruguaia) fora do campo hegemonizado pelo populismo lulopetista (e o desempenho pífio de Ciro mostrou isso).
2 – Há pouco espaço para uma direita democrática depois que a extrema-direita antidemocrática populista-autoritária devorou, digeriu e dejetou o que havia de direita.
2.1 – Que os poucos democratas que querem se dizer de direita tentem fazer uma oposição democrática, disputando a parte desencantada do espólio bolsonarista.
2.2 – Mas terão imensa dificuldade de fazer isso porque, querendo capturar bolsonaristas arrependidos, não poderão confrontar abertamente os fundamentos autoritários do seu comportamento político.
3 – Restou apenas uma fresta pela qual tentam passar, se arrastando, os democratas liberais de centro (não-populistas), sobretudo depois que alguns destacados líderes da chamada Terceira Via de 2022, como Simone Tebet, capitularam e aderiram ao governismo. Ainda assim é preciso continuar.
3.1 – Os democratas liberais sempre foram minoria mesmo. A eles cabe, nos próximos anos, fazer uma oposição democrática ao populismo lulopetista no governo e ao populismo-autoritário bolsonarista fora do governo.
3.2 – Nos médio e longo prazos a tarefa principal dos democratas liberais (quer dizer, não-populistas) é espalhar processos teóricos e práticos de aprendizagem da democracia para multiplicar o número de seus agentes.
3.3 – Os democratas liberais ainda serão minoria, sempre serão minoria, mas seu papel não é o de arrebanhar grandes massas e sim o de ser o fermento na massa, catalisando a formação de uma opinião pública democrática.