Em vários artigos mostramos que o tamanho real do bolsonarismo (da seita, não dos eleitores de Bolsonaro em 2018) é muito menor do que aparenta.
Os argumentos para mostrar isso estão nas sete sentenças (e links) abaixo:
1 – O bolsonarismo existe como movimento e como organização (ainda que incipiente e informal) revolucionária (para trás, quer dizer, reacionária).
2 – O bolsonarismo, no que tem de conteúdo ideológico, é basicamente olavismo (e bannonismo).
3 – Jair Bolsonaro e seus filhos – Flávio, Carlos e Eduardo – são bolsonaristas (quer dizer, olavistas e bannonistas), o mesmo se podendo dizer da maioria dos seus assessores estratégicos (como Filipe Martins).
4 – Jornalistas e analistas políticos, em geral, superestimam o tamanho do contingente bolsonarista.
5 – O bolsonarismo é reduzido: não se confunde com o contingente maior de simples simpatizantes, seguidores e eleitores de Bolsonaro.
6 – De certo modo, o bolsonarismo é um tigre de papel.
7 – O grande perigo para a democracia é o bolsonarismo dobrar ou, pior, triplicar de tamanho (circunstância em que ele deixará de ser metabolizável pela democracia).
A pirâmide da imagem abaixo dá um número estimado do contingente que pode ser chamado propriamente de bolsonarismo:
Agora temos um caso concreto que, indiretamente, corrobora a hipótese de que o bolsonarismo – como destacamento de combate ou contingente militante – é bastante reduzido.
Foi o próprio governo Bolsonaro, por meio de menos de 2 mil milicianos virtuais, que falsificou ontem e anteontem a subida para os TT do Twitter da hashtag #ImpeachmentGilmarMendes e hoje #GilmarMendesVaiCair.
O estudo original foi feito pelo site Vortex Média, mostrando – segundo matéria do Correio Braziliense (de 14/11/2019) – que a campanha de impeachment de Gilmar Mendes foi feita por apenas 1.770 perfis:
Mesmo chegando a mais de 1 milhão de tuítes, e figurando entre os assuntos mais comentados na semana no Twitter, levantamento de site aponta que apenas menos de 0,2% de perfis estavam envolvidos na ”manifestação”.
Na última segunda-feira (11/11), a rede social Twitter foi tomada por uma manifestação contra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A hashtag #ImpeachmentGilmarMendes chegou a ser o assunto mais comentado da plataforma no dia, envolvendo mais de 1 milhão de tuítes contendo a “expressão”.
A movimentação, coordenada por líderes do movimento Brasil Conservador e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, para pressionar a saída do ministro do cargo, entretanto, parece ter sido bem menos abrangente do que os trending topics (assuntos mais comentados do dia) pressupunham.
Isso porque os jornalistas do portal Vortex fizeram um levantamento em que 1.770 perfis foram responsáveis por “bombar” a hashtag #ImpeachmentGilmarMendes.
Segundo os dados, esses 1.770 perfis tuitaram ou retuitaram mais de 100 vezes as postagens com as hashtags. Detalhe: isso em menos de três horas. O resultado de tamanha empreitada resultou na preservação tag nos trending topics, fazendo o assunto ser caracterizado como um dos principais na plataforma.
Tudo corrobora a hipótese de que os hubs da rede descentralizada bolsonarista somam uma centena de pessoas (no máximo cerca de 150, vejam a lista abaixo). E os replicadores não passam de 50 mil, se tanto.
É importante conhecer os nomes dos hubs da rede mais centralizada do que distribuída bolsonarista. Isso não é nenhuma colaboração com a repressão (até porque vivemos numa democracia e são justamente esses celerados que estão no poder ou a serviço do poder). É a exposição pública de quem são as pessoas que manipulam – não todas, mas em sua maioria – as mídias sociais, fabricam fake news, comandam cruzadas de destruição de reputações. Eles não são players válidos da democracia e sim inimigos da liberdade e adversários do regime democrático.
A LISTA ATUALIZADA DOS INFLUENCIADORES BOLSONARISTAS
A lista abaixo (ainda incompleta, porém mais completa do que as anteriores já surgidas) nomeia pessoas que comandam o bolsonarismo (como Bolsonaro, seus filhos e seus gurus Olavo e Bannon – não mencionado na lista – e sequazes como Filipe Martins) e pessoas que cumprem, subjetiva ou objetivamente (porque até, às vezes, sem querer professar a fé no olavismo), o papel de hubs da rede descentralizada (mais centralizada do que distribuída) bolsonarista (o que alguns chamam de “influencers”).
Inclui também alguns jornalistas que viraram objetivamente influenciadores bolsonaristas, em grande parte por antipetismo, em parte porque querem ser de direita e, na ausência de uma direita propriamente dita no Brasil, acabaram virando reacionários de extrema-direita.
A lista não inclui os lavajatistas militantes que, de um modo ou de outro, contribuíram para a vitória de Bolsonaro e continuam atuando na vertente bolsolavajatista (como, por exemplo, os praticantes do jornalismo cafajeste de O Antagonista).
De qualquer modo, pode-se ver que os atores mais conhecidos não chegam a 200 pessoas (157), dentre as quais somente cerca de 100 são politicamente mais ativas, como já havia sido mapeado.
Abraham Weintraub
Allan Frutuozo
Alberto Silva (Giro de Notícias)
Alexandre Garcia (jornalista)
Alexandre Knoploch (deputado estadual PSL RJ)
Alexandre Pacheco
Allan dos Santos
Allienne da Costa Mendonça
Ana Caroline Campagnolo
Ana Paula
André Assi Barreto
André Petros Angelides Junior
Arthur Weintraub
Augusto Heleno
Augusto Nunes (jornalista)
Bárbara Te Atualizei
Belinha, a Poodle Opressora
Bene Barbosa
Bernardo Kuster
Bia Kicis
Bruna Luiza
Bruno Engler (deputado estadual PSL MG)
Bruno Garschagen
Caio Coppolla (que se diz comentarista)
Camila Abdo (uma das “divas da opressão”)
Carla Zambelli
Carlos Bolsonaro
Carlos de Freitas
Carlos Cezar
Carlos Jordy
Caroline de Toni
Célio Faria Júnior (membro do “gabinete do ódio”)
Chorote
Chris Tonietto
Claudia Wild (auxiliar de Allan dos Santos)
Claudio Humberto (jornalista)
Cleber Teixeira
Coronel Nishikawa (deputado estadual PSL SP)
Dama de Ferro
Damares Alves (trata-se de uma fundamentalista-evangélica levada ao bolsonarismo pelas circunstâncias)
Daniel Ferraz
Daniel Lopes
Daniel Silveira
Davy Albuquerque (editor do site Conexão Política)
Diego Garcia
Diego Rox
Dona Regina
Douglas Garcia (deputado estadual do PSL SP)
Edson Salomão (Direita São Paulo)
Eduardo Bolsonaro
Eduardo Matos de Alencar
Eduardo Rivotripa
Emílio Carlos (TV Nossa Senhora de Fátima)
Emilio Dalçoquio (empresário que puxou o locaute dos caminhoneiros)
Enzuh
Ernesto Araújo
Evandro F. Pontes
Fábio ClickTime
Fabio Wajngarten
Fávio Gordon
Fernanda de Salles Andrade (do site Terça Livre, de Allan dos Santos)
Fernando Lisboa (o do Vlog)
Fernando Melo
Filipe Barros (deputado federal do PSL PR)
Filipe Eduardo
Filipe Martins (o Sorocabannon, o Robespirralho, que compõe o núcleo palaciano mais íntimo da família Bolsonaro e que, na prática, coordena o chamado “gabinete do ódio” homiziado no terceiro andar do palácio do Planalto)
Filipe Trielli
Filipe Valerim (e a galera do Brasil Paralelo, que se esforça para não aparecer)
Flávio Bolsonaro
Flavio Gordon
Flavio Morgenstern (Flávio Azambuja Martins)
Flavio Rocha
Gil Diniz (o Carteiro Reaça, deputado estadual em SP)
Guilherme Fiúza (jornalista)
Gustavo Schmidt (deputado estadual do PSL RJ)
Helio Lopes
Igor Guedes
Ipojuca Pontes (jornalista)
Isentões (Thomas Queiroz?)
Italo Lorenzon
Jair Bolsonaro
Jhonatan da Silva Valencio Costa (John Valencio)
João Vinicius Manssur (advogado de Fakhoury)
Joice Hasselmann
Joaquim Teixeira
José Carlos Sepúlveda
José Márcio Opinião
José Matheus Sales Gomes (membro do “gabinete do ódio”)
Josê Nêumane (jornalista)
José Roberto Guzzo (jornalista)
Josemi de Deus
Josias Teófilo
Jouberth Souza
Leandro Ruschel
Leda Nagle (jornalista)
Left Dex
Leonardo Barros (que se identifica como “Bolsonéas”)
Leonardo Oliveira (o tal L0en, publicitário)
Letícia Catelani
Lilo VLOG
Luciano Hang (dono das Lojas Havan)
Ludmilla Lins Grilo
Luiz Camargo
Luiz Philippe de Orleans e Bragança
Marcelo Brigadeiro
Marcelo Frazão
Marcelo Reis
Marcio Labre
Marco Feliciano
Marcos Falcão
Mateus Matos Diniz (membro do “gabinete do ódio”)
Maurício Costa
Mauro Fagundes
MAVinha
Meyer Nigri
Mister Romanini
Nando Moura
Nandx
Ódio do Bem (Thomas Queiroz)
Olavo de Carvalho
Onyx Lorenzoni
Osmar Stábile
Otávio Oscar Fakhoury (empresário do ramo financeiro, financiador do site Crítica Nacional e que se identifica como “milícia jacobina”)
Oswaldo Eustáquio
Patriotas
Paulo Henrique Araújo
Paula Marisa (que se identifica como “diva da opressão”)
Paulo A. Briguet
Paulo Enéas (editor do Crítica Nacional)
Percival Puggina (jornalista, digamos)
Peruvian Bot
Pri & Ma
Rafael Nogueira
Raphael Panichi
Ricardo de Aquino Salles
Ricardo Ribeiro
Ricardo Roveran
Roberto Alvim
Roger Moreira
Rose Barros
Sara Winter
Sebastião Bomfim (empresário)
SecoMAV
Silvano Silva
Silvio Grimaldo
Sophie Pieretti
Steh Papaiano (Stefanny Aparecida Ribeiro, “diva da opressão”)
Tabando o Quebru
Taiguara F. de Sousa
Tarciso Morais (Renova Mídia)
Tatiana Alvarez
Tércio Arnaud Tomaz (membro do grupo palaciano “gabinete do ódio”)
Tom Martins
Tonho Drinks
Wellington Silva Santos
Winston Ling
Yuri Vieira


